quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Consciência ambiental dos portugueses elevada, mas pouco levada à prática!

O relatório intitulado “Eurobarómetro” publicado pela Comissão Europeia em novembro de 2013, reflete a “atitude face à biodiversidade” dos europeus, através de inquéritos a uma amostra representativa da população. Os dados em relação a Portugal sugerem algumas tendências, que tanto têm de curiosidade, como de importância, de onde se destaca a elevada consciência ambiental dos portugueses, mas também a sua desinformação em relação ao tema. 
O relatório realça novamente que a perda de biodiversidade na União Europeia e a nível global tem acelerado nos últimos anos. Cerca de uma em cada quatro espécies encontram-se ameaçadas na UE, e de acordo com a Comissão Europeia, são atualmente alvo de sobrepesca 39% das populações de peixes analisadas no Atlântico, e 88% no Mediterrâneo. Face a este problema, a UE adotou em maio de 2011 uma ambiciosa estratégia para travar a perda de biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas no espaço comunitário até 2020.
Os portugueses são o povo europeu que mais importância coloca na “poluição do ar e da água”, “desastres de origem humana” (93%) e “destruição de habitat” (68%) como sendo causas muito relevantes para a perda de biodiversidade. A perda das florestas nativas surge como o problema que os portugueses consideram mais grave em relação ao tema (81% considera este problema muito grave). Isto, relembrando que estamos num contexto em que a recente proposta de alteração da legislação sobre Arborização e Rearborização, abre a porta à liberalização das plantações de eucalipto, e com a nova "Lei das Sementes" em vias de ser aprovada pelo Parlamento Europeu, a proibir a troca de sementes e tornando ilegal a comercialização de espécies autóctones. 

Ainda em relação aos resultados, a consciência ambiental dos portugueses surge novamente em primeiro lugar com 78% dos inquiridos a considerarem que a perda de biodiversidade é um problema grave a nível mundial. No entanto, este número cai para 62% quando se fala à escala europeia, e apenas 55% dos portugueses considera a perda de biodiversidade como um problema sério em Portugal. De referir que em 2010 este valor era de 72%, o que demonstra um acentuado decréscimo da importância que os portugueses dão à perda da biodiversidade no país. Em contraste, Portugal volta a estar em primeiro lugar quando 41% dos inquiridos afirmam já estar a ser afetados pelo problema. 



terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A Lenda e a Simbologia do Bolo-Rei !!

Quando os Reis Magos foram visitar o Menino Jesus, perto da gruta onde estava o menino, os Reis Magos tiveram uma discussão para saber qual deles seria o primeiro a oferecer os presentes.
Um artesão que por ali passava assistiu à conversa e propôs uma solução para o problema, de maneira a ficarem todos satisfeitos. O artesão resolveu fazer um bolo e meter uma fava na massa. Depois de cozido repartiu o bolo em três partes e aquele a quem saísse a fava seria o primeiro a oferecer os presentes ao Menino.
Assim ficou conhecido pelo nome de Bolo-rei e como tinha sido feito para escolher um rei passou a usar-se como doce de Natal.
Dizem que a côdea do bolo simboliza o ouro, as frutas simbolizam a mirra e o aroma, o incenso.
No dia de Reis recordamos os três Reis Magos, Sábios do Oriente que vieram desde as suas terras até à humilde gruta de Belém, sempre seguindo uma estrela diferentes das outras.
Montados nos seus camelos, eles procuravam um Menino que sabiam ser o Salvador do Mundo, para O adorarem e Lhe oferecerem as prendas que traziam: ouro, incenso e mirra.
Um chamava-se Gaspar, que significa "o que vai com amor"; o outro chamava-se Belchior, que significa "o que vai suavemente"; e o terceiro chamava-se Baltasar, que significa "o que obedece à vontade de Deus, humildemente".
No Dia de Reis, é importante oferecermos nós também uma simples prenda a quem amamos. Não é preciso darmos coisas caras ou complicadas.

Uma flor do campo, um desenho, um beijo, um sorriso... Talvez sejam as prendas que os nossos pais, ou os nossos avós, ou os nossos amigos mais apreciem. Há pequeninos gestos de ternura que dizem mais do que todas as palavras do mundo.




segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O que são Ecopistas?

Vias Verdes, Voies Vertes, Voies Douces ou Greenways, são algumas das designações internacionais de infra-estruturas destinadas ao tráfego ligeiro não motorizado. Em Portugal estão a ser criadas Ecopistas ao longo de ramais ferroviários desativados.
Ecopista ou Pista Verde é a designação portuguesa atribuída aos percursos que utilizam antigos ramais ferroviários desativados. Estes situam-se em diversas regiões do território continental, potenciando a criação de uma verdadeira rede ou sistema nacional de passeios na Natureza e, por vezes, também em meio urbano.
Com as Ecopistas, a REFER pretende aderir à Rede Europeia de Vias Verdes, que reúne hoje em dia vários países europeus e, em consequência, vir a tornar-se membro da Associação Europeia de Vias Verdes.
Exemplo de uma Vía Verde, a Ecopista do Corgo que liga Vila Pouca de Aguiar a Pedras Salgadas, com uma extensão de cerca de 6 Km. A Linha do Corgo foi desativada em 1990 e, quinze anos depois entrava em funcionamento o primeiro Percurso da Ecopista do Corgo, entre Vila Pouca de Aguiar e Pedras Salgadas.
Trata-se de um percurso aprazível, paisagístico, cultural e turístico, que passa pelas aldeias de Nuzedo, Sampaio e Vila Meã, onde também podemos encontrar antigos edifícios de apoio ao funcionamento da linha ferroviária, como estações e apeadeiros.
Ao longo de todo o caminho os campos agrícolas são uma constante, estando a Ecopista ladeada por vinhas e árvores de fruto o tempo todo.
É necessário que as Ecopistas portuguesas se adaptem aos critérios aceites por todos os participantes, de forma a facilitar o seu acesso e a sua utilização pelo maior número possível de utentes, nomeadamente:
- Declives inferiores a 3%;
- Interdição a veículos motorizados;
- Independência em relação a outras vias de circulação;
- Reduzido número de cruzamentos com outras estradas;
- Continuidade do uso público da via.
As Ecopistas são concebidas como percursos na Natureza, uma vez que os antigos ramais ferroviários percorrem, de uma forma geral, zonas rurais ou naturais com interesse paisagístico, sendo o seu piso permeável, de terra batida ou saibro, para manter essa característica de caminho rural. A REFER pretende converter em Ecopistas os cerca de 800 quilómetros de linhas férreas desativadas de que é proprietária.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Floresta Portuguesa: Território, Ambiente e Economia!

Há um novo papel da floresta na política de ambiente e ordenamento do território. Há um novo papel dos municípios no planeamento do território e na detecção de iniciativas.
A floresta é um elemento perene de estruturação do território compondo alguns dos ecossistemas mais biodiversos e integrando os ciclos da água e do carbono. Esta estrutura inclui todas as florestas cuja vocação é predominantemente produtiva. As árvores demoram tempo a crescer e ocupam o território durante largos períodos. A função estruturante do território e os benefícios ambientais no longo prazo são homólogos dos horizontes de investimento muito alargados e das baixas rendibilidades florestais. Pode dizer-se que a floresta gera benefícios que, em larga medida, se mantém externos à análise dos investimentos florestais.
Existe também um conjunto de factores que dificultam o investimento, multiplamente relacionados com as externalidades ambientais e sociais.

De D. Dinis aos fundos comunitários
Desde a primeira dinastia que o poder público reconhece os benefícios ambientais da floresta (D. Dinis pretendia, com o seu famoso pinhal, proteger terrenos agrícolas da invasão das areias litorais). O século XX não foi excepção uma vez que, mais ou menos explicitamente, os benefícios ambientais fazem parte da justificação do apoio público ao investimento. Existindo diferenças importantes entre os Planos de Arborização do Estado Novo e os apoios dos três quadros comunitários de apoio que vigoraram desde 1986 verifica-se que, quer a arborização realizada directamente pelo Estado, quer a dimensão dos apoios a fundo perdido concedidos a privados, reflectem a baixa atractividade e a existência de razões externas ao investimento que justificam o seu apoio, configurando uma internalização dos benefícios da floresta. O problema do presente é que a participação pública no investimento não parece ser suficiente para o estimular. Mais uma vez, a propriedade e a rendibilidade são obstáculos difíceis de remover ou contornar, e é esta a essência do problema económico e ambiental associado à floresta portuguesa.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Dia Internacional das Montanhas!

Comemorou-se ontem, dia 11 de dezembro, o Dia Internacional das Montanhas, instituído pelas Nações Unidas no ano de 2002. As montanhas cobrem cerca de 27% da superfície terrestre e têm um papel decisivo para milhões de pessoas, pois fornecem mais de 60% da água doce do planeta, abrigam uma enorme diversidade de plantas e animais e são o lar de uma em cada dez pessoas. Contudo, as montanhas estão hoje extremamente vulneráveis às alterações climáticas, à desflorestação, à degradação do solo e aos desastres naturais.
Em Portugal, as áreas de montanha correspondem a 11% de superfície emersa. Estas têm uma enorme importância no fornecimento de um diverso leque de serviços dos ecossistemas, entre os quais serviços de regulação climática, de sequestro de carbono, de fornecimento de água doce às regiões mais baixas, de produção de alimentos e de materiais lenhosos, de refúgio para a biodiversidade e de serviços de índole cultural, como áreas de recreação, de turismo e de fruição da paisagem.
As montanhas portuguesas, para além da ameaça das alterações climáticas, enfrentam outras ações humanas muito lesivas. O abandono das práticas agrícolas tradicionais, em especial do pastoreio, o aumento da frequência de incêndios, a construção de infraestruturas em áreas sensíveis, em particular de eixos rodoviários, de barragens e de parques eólicos, a florestação com espécies exóticas de crescimento rápido e a invasão por espécies exóticas, são fatores que contribuem para a degradação ambiental, perda de biodiversidade e consequente diminuição da capacidade no fornecimento de serviços dos ecossistemas. Também o turismo de massas feito de forma desregrada, de que a Serra da Estrela é um infeliz exemplo, contribui para a degradação ambiental do mais importante maciço montanhoso português.



Parque Natural do Alvão!

Acidentes geológicos que dão origem a espetaculares cascatas, uma grande diversidade de ecossistemas naturais e um património social preservado fazem do passeio pelo Parque Natural do Alvão uma romagem de autenticidade.
Este parque situado a cerca de 25 Km de Cerva, na vertente oeste da Serra do Alvão, que integra o imponente maciço montanhoso onde se inclui a Serra do Marão, esta área protegida é percorrido pelo Rio Olo, que corre entre fragas e penhascos e atravessa as rochas nas Fisgas de Ermelo, caindo em cascatas de uma altura de cerca de 250 metros. Impressionante pela força das águas, este é um dos locais mais belos da região e está representado no símbolo do Parque.
O curso do rio Olo une duas realidades distintas. A uma altitude média de 1.000 m, na zona de Lamas de Olo, predomina o granito e a vegetação de alta montanha; em baixo, junto a Ermelo, onde a altitude ronda os 450 m, prevalece o xisto e a paisagem é verdejante como no Minho.
O xisto, o granito e o colmo são os materiais usados na construção das casas das aldeias típicas de Lamas de Olo, Anta ou Ermelo, em que o tempo corre tão devagar que parece estarmos muito longe de qualquer cidade, mas afinal o Porto fica apenas a uma hora de viagem. Para ter uma ideia do modo de vida das gentes destes lugares, visite o núcleo Ecomuseológico do Arnal, que recria o ambiente de uma aldeia tradicional do Alvão.

Siga os percursos sugeridos pelo Parque e aprecie os panoramas magníficos com atenção, pois talvez aviste um lobo ou um falcão peregrino, já que será quase impossível ver a águia-real, que está praticamente extinta. Se lhe restarem energias, experimente a adrenalina do rafting nos diversos cursos de água e, para recuperar do esforço, banqueteie-se com a excelente gastronomia regional, que reúne iguarias como a bola de carne e a vitela assada, cuja carne da mais alta qualidade provém de uma raça autóctone – a “maronesa”.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Certificação e o Turismo Sustentável

A sociedade tem atribuído uma importância crescente à sustentabilidade da atividade turística, o que se traduz na implementação de diversos programas de certificação que atendem a parâmetros ambientais, sociais e económicos.
No âmbito do processo de globalização, o Turismo em geral tem sido um sector e instrumento com particular relevância, tendo estado sempre presente na formulação, elaboração e execução de muitas políticas económicas, sociais e culturais de vários países.
Para além da crescente preocupação com a conservação e gestão dos recursos, a certificação do sector turístico advém também da existência de um “novo turista”, que seleciona o seu destino de férias com base em critérios ambientais e sociais. Embora o turismo ligado à natureza já constituísse uma regra, o Ecoturismo veio vincular algumas diferenças, sobretudo no que diz respeito à atitude do turista. A crescente procura por experiências turísticas em ambientes naturais relativamente intactos, fez com que o Ecoturismo se tornasse o segmento do mercado internacional de turismo com os maiores índices de crescimento. O conceito surgiu na década de 80, associado a um certo tipo de viagens especializadas e ligadas à natureza. Tornou-se um rótulo desejado e é actualmente utilizado de forma abusiva por inúmeras operadoras de turismo. Do lado do consumidor (o ecoturista) existe a vontade de aprender sobre o destino visitado, principalmente sobre os aspectos ambientais, culturais, históricos e seus problemas relacionados.
A certificação ambiental tem-se revelado um importante instrumento de política ambiental, auxiliando o consumidor na escolha de produtos e serviços menos nocivos ao meio ambiente, e servindo de instrumento de marketing para as empresas que diferenciam os seus produtos no mercado.

Vantagens:
- Optimização dos processos tecnológicos das empresas;
- Diminuição dos consumos específicos de energia, matérias-primas e recursos naturais.
- Minimização do impacte ambiental das atividades da empresa;
- Melhoria da imagem perante a opinião pública;
- Acesso a determinados mercados e concursos em que a certificação ambiental é obrigatória;
- Melhoria da posição competitiva face aos concorrentes não certificados;
- Melhoria da organização interna;
- Aumento da motivação e envolvimento dos colaboradores internos;
- Redução de riscos e redução de auditorias por parte de outras entidades
Dificuldades:
- Cumprimento dos requisitos legais (base de qualquer Sistema de Gestão Ambiental);
- Sensibilização/formação interna para a necessidade de alterar hábitos (desde a gestão de topo às bases da organização);
- Questões que não dependem das próprias empresas: formalização e celeridade dos licenciamentos.







terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Como ter uma Casa Ecológica?

Já que passamos grande parte do nosso tempo em espaços fechados, estes deveriam ser saudáveis. Infelizmente, nem sempre assim é. Conheça as fontes poluidoras a que estamos diariamente sujeitos e as medidas a tomar para as evitar ou atenuar.

Passamos a maior parte do nosso tempo dentro de espaços fechados. Por esta razão, as casas e os locais de trabalho deveriam ser saudáveis, permitindo aos seus ocupantes gozar de conforto e, inclusivamente, gerar maiores rendimentos laborais.
Infelizmente, não é este o caso para um grande número de construções. Ainda que eventualmente não nos apercebamos, os espaços interiores estão sujeitos a numerosas fontes poluidoras.

Entre elas, destacam-se:
Compostos orgânicos voláteis: são compostos orgânicos (substâncias com átomos de carbono e hidrogénio, aos quais se podem ainda ligar vários outros elementos) que se caracterizam pela sua elevada volatilidade, ou seja, produzem vapores mesmo à temperatura ambiente.
Produtos da combustão: em casas com esquentadores, lareiras, fogões e aquecedores a gás, formam-se também produtos da combustão potencialmente perigosos. Entre eles o monóxido de carbono.
Biocidas: a maior parte dos pesticidas e insecticidas usados não foi adequadamente testada em termos de segurança para o ser humano. Por vezes ocorrem efeitos sinérgicos – o contacto isolado com dois pesticidas pode ser relativamente inócuo, mas em simultâneo tornar-se muito grave. A exposição a biocidas é, naturalmente, muito mais provável em quintas e casas do campo, mas mesmo nas cidades pode dar-se através de insecticidas domésticos, carpetes, tintas e produtos de madeira, que são regularmente tratados com aqueles químicos;
Poluição electromagnética: este tipo de poluição tem ganho maior atenção pública sobretudo desde o advento dos telemóveis e antenas transmissoras.
Poluentes de origem natural: muitos poluentes ocorrem naturalmente na Natureza, ainda que, regra geral, em níveis que não constituem uma ameaça. A radioactividade e o gás radão são porventura dos mais preocupantes.

Arquitetura saudável:
Adaptação ao clima: a boa localização das janelas pode contribuir para reduzir necessidades energéticas, facilitar o arejamento e aumentar a luminosidade.
Reduzindo os produtos da combustão: todos os equipamentos a gás ou com combustão deviam ter respiradouros para o exterior e estar equipados com monitores de monóxido de carbono.
Gestão da água: o prolongamento dos telhados reduz as infiltrações de água e, assim, os problemas de humidade e o crescimento de fungos, que causam alergias
Durabilidade: a construção de uma casa deve ser feita a pensar na sua longevidade.






segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Receitas de Natal Tradicionais de Cerva!!

Pratos Principais

Roupa Velha
  


Preparação:
Cortam-se aos bocadinhos a couve, o bacalhau e as batatas que sobraram da consoada.
Picam-se alguns dentes de alho e alouram-se em azeite. Juntam-se as couves, o bacalhau e as batatas, mexe-se e deixa-se ao lume apenas o tempo necessário para aquecer bem.

Atenção:
Este prato é feito apenas com os restos da consoada, que já se fez mais abundante para que a roupa-velha possa ser feita no almoço do dia de Natal.

Cabrito Assado

Ingredientes:
  • 1 cabrito com cerca de 3 kg
  • 3 limões
  • 6 dentes de alho
  • 100 g de banha
  • 1 ramo de salsa
  • 0,5 dl de azeite
  • 2 folhas de louro
  • 1,5 dl de vinho tinto
  • 2 kg de batatas (de preferência novas e pequenas)
  • 300 g de cebolas
  • água, sal, pimenta e colorau q.b.

Preparação:
Limpe o cabrito. Corte em rodelas o limão. Coloque o cabrito em água fria com rodelas de limão durante 4 a 5 horas. Pise no almofariz o alho, um pouco de sal e a salsa. Adicione a pimenta, o colorau, a banha e o azeite e misture bem. Junte o louro cortado em pedaços e cerca de um quarto do vinho tinto e envolva bem. Escorra e enxugue o cabrito, salpique com um pouco de sal e o restante vinho tinto e esfregue bem com a papa obtida anteriormente. Coloque o cabrito numa assadeira de barro e deixe repousar durante duas horas. Corte em pequenos pedaços a batata e em gomos a cebola. Salpique a batata e a cebola com um pouco de sal. Disponha a batata e a cebola em redor do cabrito e leve ao forno a 170º C, para assar. Corte o cabrito em pedaços e sirva bem quente.

Polvo com Vinho Tinto
Ingredientes:
  • 1 polvo pequeno (cerca de 800 grs);
  • 2 cebolas;
  • 2 dentes de alho;
  • 1 colher de sopa de salsa picada;
  • 1 dl de azeite;
  • sal e pimenta;
  • 2 dl de vinho tinto;
  • 300 gr de arroz carolino

Preparação:
Prepare o polvo e corte-o em bocados. Num tacho com o fundo espesso deite o polvo, as cebolas, os dentes de alho e a salsa, tudo finamente picado. Tempere com sal e pimenta. Regue com o azeite e leve ao lume brando, durante cerca de 1 hora (ou 30 minutos na panela de pressão). Junte o vinho tinto e deixe cozer mais 10 minutos. Acompanhe com arroz à crioula.
Querendo desta receita fazer o arroz de polvo, meça o molho do polvo e acrescente a água necessária para obter o dobro do volume do arroz. Tempere com sal e pimenta e deixe levantar fervura. Introduza o arroz, previamente lavado, e deixe-o cozer cerca de 15 a 20 minutos (ou 2 minutos na panela de pressão).

Pastéis de Bacalhau

Ingredientes:
  • 500 g de bacalhau limpo de peles e espinhas
  • 300 g de batatas cozidas
  • 3 dl de leite
  • 4 ovos
  • 1 g de pimenta moída
  • 1 ramo de salsa picada miúdo

Preparação:
Esmaga-se o bacalhau num almofariz ou passa-se pela máquina de picar carne, deita-se numa tigela grande, misturando-se com uma colher de pau com as batatas passadas por um esmagador, o leite e as gemas dos ovos e a pimenta até tudo ficar numa massa bem lisa e homogénia, juntam-se quatro claras batidas em castelo e a salsa picada. Retificam-se os temperos de sal e pimenta e com duas colheres, das de sopa ou de sobremesa, tiram-se bocados de pasta fazendo-se bolas redondas ou com a forma de ovos e fritam-se em azeite fino muito quente, deixando escorrer depois de fritos num passador.

Como acompanhamento uma salada de alface, pepino, tomates crus cortados às tiras ou de vegetais temperados com azeite e vinagre, ou ainda arroz de tomate ou de grelos.

Doces de Natal

Aletria com Ovos


Ingredientes (para 10 pessoas):
100g de aletria
4dl de leite
150g de açúcar
50g de manteiga
3 gemas
casca de limão
canela
 

Preparação:
Coze-se a aletria em água durante 5 minutos e escorre-se.
Em seguida, leva-se o leite ao lume juntamente com casca de limão, açúcar e a aletria e deixa-se cozer. Depois da aletria estar cozida, junta-se a manteiga e, fora do lume, misturam-se as gemas previamente batidas
Leva-se ao lume apenas para que as gemas cozam ligeiramente. Serve-se a aletria polvilhada com canela


Rabanadas Douradas ou Fidalgas



Ingredientes:
12 fatias de pão de véspera (cacete)
5 dl de leite
1 colher de sopa de manteiga
350 g de açúcar
2 paus de canela
2 casquinhas de limão
8 gemas
1 clara de ovo
canela em pó
1 cálice de vinho do Porto (facultativo)

 
Preparação:
Leva-se o leite ao lume com manteiga, três colheres de sopa de açúcar, um pau de canela, uma casca de laranja e uma pitada de sal. Deixa-se ferver durante 5 minutos. Passam-se as fatias por este leite e dispõem-se numa travessa ou sobre uma toalha para absorver o leite.
Noutro recipiente largo e baixo, leva-se o restante açúcar ao lume com 4 dl de água, um pau de canela e uma casca de limão. Deixa-se ferver durante 10 minutos.
Entretanto batem-se muito bem as gemas com a clara.
Passam-se as fatias de pão pelos ovos, introduzem-se duas a duas na calda de açúcar a ferver, e deixam-se cozer, primeiro de um lado depois do outro. Entre a cozedura de cada par de rabanadas, adiciona-se um cálice de água fria à calda.
Polvilham-se as rabanadas com canela e, finalmente, regam-se com a calda a que se adicionou um cálice de vinho do Porto. Servem-se no dia seguinte.


 
Sonhos

Ingredientes:
30 g de açúcar

50 g de manteiga
200 g de farinha
50 g de farinha maisena
4 dl de água
5 ovos
casca de limão
sal

Ingredientes para calda:
500 g de açúcar
1 casca de limão
1 casca de laranja
1 pau de canela
 

Preparação:
Num tacho põe-se a água, a manteiga, o açúcar, a casca de limão e uma pitada de sal. Leva-se ao lume e, quando levantar fervura, tira-se a casca de limão e juntam-se as farinhas, previamente peneiradas e misturadas.
Mexe-se muito bem com uma colher de pau até fazer uma bola. Tira-se do lume e deita-se num alguidar, mexendo sempre com a colher de pau até arrefecer completamente.
Juntam-se os ovos um a um, batendo sempre entre cada adição até o ovo estar completamente absorvido. Fritam-se colheradas desta massa em óleo abundante, mas um pouco quente (150ºC).
O lume deve estar no mínimo para que a temperatura se mantenha durante a cozedura dos sonhos.
À medida que estes vão alourando, picam-se com um garfo ou com uma agulha de tricô.
Servem-se regados com a calda de açúcar.

Preparação da calda:
Levam-se ao lume a ferver 3 dl de água com açúcar. Juntam-se um pau de canela, as cascas de limão e laranja e deixa-se ferver durante 15 minutos. Retiram-se as cascas, deixa-se arrefecer e serve-se.

Mexidos


Ingredientes:
1 abóbora-menina média (5 kg a 6 kg)
1,5 kg de farinha de milho branco
1,250 kg de farinha de trigo
30 g de fermento de padeiro
75 g de manteiga
650 g de açúcar
2 limões
1 colher de sopa de erva-doce
1 colher de sopa de canela
sal
 

Preparação:
Leva-se a água ao lume com todos os ingredientes, com excepção dos frutos e do pão. Deixe ferver durante 15 minutos. Juntam-se então os frutos e deixa-se ferver mais 15 minutos.
Corta-se o pão em fatias muito finas (o mais fino possível) e escalda-se com água a ferver. Esta água deve ser na menor quantidade possível. Junta-se o pão ao preparado anterior, cuidadosamente, para evitar que ganhe grumos.
Deixa-se ferver um pouco mais para apurar, mexendo sempre.

Bolo Rei


Tempo de preparação: 7 h.

Grau de dificuldade: Difícil
 
Ingredientes (para 6 pessoas):
150g açúcar
750g farinha
1 fava
30g fermento de padeiro
175g frutas cristalizadas
250g frutos secos
raspas de laranja q.b.
raspas limão q.b.
150g margarina
1 colher de sobremesa sal
4 ovos
1 dl. vinho do Porto

 
Preparação:
Depois de retirar as sementes que possam haver, pique as frutas e deixe-as a macerar com o vinho do Porto (deixe algumas inteiras para enfeitar). Dissolva o fermento de padeiro em 1 decilitro de água morna, junte a 1 chávena de farinha e deixe a levedar em lugar não muito frio durante 15m. Entretanto, bata a margarina, o açúcar, e as raspas de limão e laranja, junte os ovos (batendo um a um), e o fermento. Quando tudo estiver bem ligado adicione o resto da farinha e o sal. Amasse até que a massa fique elástica e macia e junte as frutas, misturando muito bem. Molde a massa numa bola, polvilhe com farinha e tape a massa com um pano, deixando levedar num ambiente não muito frio durante 5 horas. Depois da massa ter duplicado de volume, coloque-a sobre um tabuleiro e faça-lhe um buraco no meio. Introduza um brinde (bem embrulhado em papel vegetal) e 1 fava, e deixe levedar mais uma hora. Pincele o bolo com gema de ovo, enfeite com frutas cristalizadas inteiras, torrões de açúcar, pinhões, nozes, etc., e leve a cozer em forno bem quente. Depois de cozido pincele o bolo-rei com geleia diluída num pouco de água quente.

Rabanadas Antigas



Ingredientes:
1 pão de cacete de 500 g

300 g de açúcar
1 colher de sopa de manteiga
1 pau de canela
1 casca de limão
2 gemas
2 ovos
7,5 dl de vinho tinto verde ou maduro
250 g de mel
1 colher de sobremesa de canela em pó
óleo para fritar

 
Preparação:
Corta-se o cacete em fatias com cerca de 1 cm de espessura.
Leva-se ao lume o açúcar com 2 dl de água, a manteiga, o pau de canela, a casca de limão e uma pitada de sal. Deixa-se ferver durante 5 minutos.
Retira-se do lume e introduzem-se as fatias de pão na calda bem quente.
Escorrem-se sobre uma peneira ou passador.
Em seguida, passam-se as fatias pelas gemas batidas com os ovos inteiros e alouram-se em óleo quente. À medida que se vão fritando as rabanadas, põem-se numa travessa funda e polvilham-se com açúcar e canela.
À parte, mistura-se o vinho tinto com o mel, a canela em pó e, se ovinho for verde ou agreste, açúcar. Leva-se ao lume só para levantar fervura e deita-se sobre as rabanadas. Viram-se com cuidado para não se partirem.
Servem-se no dia seguinte.



Filhoses
Ingredientes:
  • 2 Ovos
  • ½ dcl de leite
  • ½ dcl de água ardente
  • ½ dcl de vinho branco
  • ½ dcl de sumo de laranja
  • 1 dcl de banha de porco derretida
  • 100 gr de açúcar
  • 500 gr de farinha
  • 2 colheres de sopa de sementes de papoila
  • Óleo para fritar
  • Açúcar e canela em pó para polvilhar

Preparação:
Batem-se os ovos, inteiros com o açúcar, juntam-se os líquidos, e, a banha, depois de bem batido, vão-se adicionando a farinha e as sementes, amassa-se bem até descolar da tigela. Descansa por 20 minutos aproximadamente, cortam-se pedaços, esticam-se  com um rolo e fritam-se em óleo bem quente, por fim polvilha-se com açúcar e canela.


Boas Receitas e Bom Natal!!