segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Casa Toló, em Alvite, um projeto do arquiteto Álvaro Leite Vieira!!

 
Casa Toló, lugar das Carvalhinhas, Alvite. Um projeto de Álvaro Leite Vieira, filho do prestigiado arquiteto português, Siza Vieira, que lhe valeu nomeações e um prémio em concursos de arquitetura.
 
 
O terreno era estreito, comprido e fortemente inclinado (cerca de 33°), com área de 1.000 m² e configuração irregular. O programa para a casa de 180 m² constava de três quartos, escritório, casa de banho, salas de estar e jantar, cozinha e despensa. No exterior, uma garagem e uma pequena piscina.
Apesar da topografia difícil, o lote estava voltado para a face sul (a mais saudável no hemisfério norte), o que levou o arquiteto a desenvolver um tipo de implantação que não apenas se adequasse ao grande declive, mas que fosse capaz de captar o máximo de luz solar e oferecer belas visuais do entorno.
 
A solução foi a fragmentação da planta, que se desenvolve em desníveis com uma apurada composição de pequenos volumes associados e articulados entre si, em que cada desnível corresponde a um único compartimento.
A entrada principal foi projetada a partir da plataforma da garagem, no topo da colina, face norte do terreno, com vistas para o vale e para a montanha. O acesso à casa também é possível na cota inferior, por uma passagem de pedestres mais agreste.
A ocupação linear ao centro do lote permitiu a preservação das árvores pré-existentes, de forte expressão no sítio.

 


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Turismo Rural em Portugal!!


Desde a década de 70, como resposta ao aumento e diversificação da procura turística, assim como a busca de soluções para o declínio e desagregação das sociedades rurais, assiste-se ao desenvolvimento do turismo e de actividades de lazer em espaço rural, constituindo-se estas como um meio privilegiado de promoção dos recursos existentes nos territórios rurais, um factor de revitalização do tecido económico e social e uma oportunidade para o desenvolvimento destes territórios.

Nesta perspectiva, na década de noventa, no quadro das novas orientações de política comunitária para o desenvolvimento rural, são criados e implementados um conjunto de medidas, enquadramentos legislativos e instrumentos financeiros que apoiam a diversificação das actividades nos territórios rurais e promovem o desenvolvimento das actividades turísticas nesses territórios.

Em Portugal, estas medidas passaram, numa primeira fase, pelo apoio à criação de respostas ao nível do alojamento turístico, com base na recuperação de edifícios com manifesto valor patrimonial e arquitectónico e, posteriormente, no apoio a um produto turístico completo e diversificado, que valorize a diversidade de recursos endógenos existentes nas zonas rurais.

*Informação adaptada de estudo sobre o Turismo Rural em Portugal da DGADR - Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
 
 
 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Igreja de Limões!

Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, rectangulares, com torre sineira, quadrangular, e sacristia, rectangular. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas, na igreja, três, na sacristia e em coruchéu hexagonal, na torre sineira. Fachadas em cantaria de granito, de aparelho em fiadas regulares, com as juntas betumadas, terminadas em friso e cornija, com pilastras nos cunhais e cruz sobre acrotério nas empenas.
Interior rebocado e pintado de branco; nave com coro-alto sobre trave de madeira, sustentado por seis mísulas de pedra, com balaustrada de madeira, envernizada; no sub-coro surgem pia de água benta, gomeada, no lado da Epístola, e pequeno vão rectangular, de um antigo armário de alfaias, no lado do Evangelho, ladeando o portal; lateralmente, abrem-se dois vãos em arco de volta perfeita, confrontantes, sendo o do lado do Evangelho o baptistério com painel de azulejos historiados, representando o baptismo de Cristo no rio Jordão, e pia baptismal de taça monolítica, semi-esférica, sobre pé de secção circular, e albergando o da Epístola imagem sobre base prismática


Com altar tipo urna, com frontal decorado com concheados em talha dourada, sobre o qual surge sacrário, terminado em frontão de volutas interrompido por acanto, profusamente ornado de concheados e com cruz na porta. Pavimento soalhado e cobertura em falsa abóbada de berço, estucada e pintada com motivos alusivos à Eucaristia. Sacristia com pavimento em lajes de granito e tecto de madeira, com arcaz de castanho, comunicando com o exterior.


É imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público.


Cronologia:


- Séc. XVII - Provável construção da igreja;


- 1755, 1 Novembro - o terramoto causou algum "detrimento" na igreja;


- 1758, 8 Março - segundo o relato do Pe. Bernardo José Gonçalves nas Memórias Paroquiais, a freguesia possuía 97 fogos, 375 pessoas de sacramento e 40 de meninice; a igreja estava ainda por reparar dos danos causados no terramoto, nomeadamente a cruz sobre a capela-mor e a fenda aberta nas paredes do lado N., tendo ainda que retirar-se o sino da torre por ameaçar ruína; a apresentação da igreja pertencia ao vigário de Cerva, por mercê que lhe fizeram as religiosas de Santa Clara de Vila do Conde, as quais comiam os frutos colhidos na freguesia; a igreja ficava no meio do Lugar de Limões, com 56 vizinhos, e tinha quatro altares: o mor, onde estava colocado o Santíssimo Sacramento e o padroeiro São João, dois colaterais, o do Evangelho dedicado ao Santo Nome de Deus e o da Epístola de Nossa Senhora, com título do Rosário e das Neves, existindo neste mesmo lado da Epístola um altar dedicado a São Sebastião; tinha ainda uma Irmandade com invocação das Almas; o seu título era vigararia colada, com apresentação do reverendo de São Pedro de Cerva, e rendia cerca de 80$000 ou 70$000;


- 1766 - Data inscrita no portal de acesso ao coro-alto;


- 1853 - Com a extinção do concelho de Cerva, a freguesia de Limões passa a integrar o concelho de Ribeira de Pena;


- 1867 - Edificação da torre sineira.
 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Capela de Macieira!


Planta longitudinal de corpo único, rectangular. Massa simples com cobertura em telhado de duas águas. Fachadas em cantaria de granito, de aparelho em fiadas irregulares, com as juntas tomadas e pintadas de branco e cruzes de Via Sacra relevadas.

Interior em cantaria de granito aparente, iluminado na zona do altar-mor por duas frestas e duas janelas, com pias de água benta a ladear as portas. Coro-alto sobre quatro mísulas de pedra com balaustrada de madeira. Pavimento em placas de granito polido e tecto de masseira, em madeira envernizada.

É imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público.

Situado em local rural, em montanha, isolado, à beira da estrada e sem elemento separador da mesma, num largo à entrada da aldeia, rodeada de campos de cultivo e casas. Possui pequeno adro frontal, cimentado, sobrelevado, com cinco degraus para acesso, cerrado por grade e portão de ferro. Na aldeia existem alguns espigueiros setecentistas e casas com relógios de sol e data de construção gravada no lintel.

 

Cronologia:

- Séc. XVIII - Edificação da capela;

- 1758, 8 Março - referida nas Memórias Paroquiais;

- Séc. XX - provável execução do retábulo;

- 1940, década - remodelação e acrescento da capela, em termos de comprimento e altura do pé direito

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Capela do Cadaval!


Planta longitudinal de corpo único, rectangular. Massa simples com cobertura em telhado de duas águas.

Interior em cantaria de granito, iluminado pelos óculos e pelas frestas confrontantes, com moldura superior interrompendo a cornija onde se apoia a cobertura, sendo a do lado da Epístola ladeada por nicho de arco em volta perfeita, moldurado, para as galhetas. Possui pias de água benta gomadas, a ladear as portas e, no lado do Evangelho, confessionário articulável. Mesa de altar em forma de urna, com frontal decorado por festão e florão integrado em moldura. Pavimento soalhado e tecto em falsa abóbada de berço, de contraplacado, pintado com a imagem do padroeiro inserido em cartela central, sobre cornija de pedra.

É imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público

Situado em local rural, numa encosta voltada ao rio Poio, isolada, à face da estrada, sobre soco nivelador do terreno, à entrada da aldeia, rodeada de campos de cultivo e casas, algumas coetâneas da sua construção. Possui pequeno adro frontal, ajardinado, cerrado por muro encimado por grade e com portão de ferro, tendo escada de acesso.

Cronologia:

- Séc. XVIII - Provável edificação da capela;

- 1758, 8 Março - referida nas Memórias Paroquiais;

- Séc. XX - execução e pintura da cobertura, em contraplacado.
 
 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Capela de Cabriz!


Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, ambas rectangulares, com sacristia, também rectangular. Interior rebocado e pintado de branco, com silhar de azulejos industriais, de estampilha azul, amarela e branca, sobre soco de pedra e encimado por roda-mão de madeira.

Arco triunfal de volta perfeita, sobre pilastras toscanas encimado por pintura mural com representação do firmamento sobreposta por adoração da Custódia. Pavimento em tijoleira cerâmica e tecto em falsa abóbada de berço, de contraplacado, pintado com várias molduras e ampla cartela ao centro com imagem do padroeiro, Santo António, segurando um menino sobre livro.

Sobre friso e cornija pintada a marmoreados fingidos, assenta a cobertura em falsa abóbada de berço, de contraplacado, pintada com molduras integrando nos ângulos cartelas circulares com os quatro Evangelistas: São Lucas e São João, do lado do Evangelho, e São Mateus e São Marcos, no oposto, intercalados por duas, de moldura recortada, com anjos segurando atributos do martírio, e, ao centro, cartela figurando o Sagrado Coração de Jesus; no lado da Epístola possui a inscrição: "Casa Maranus, Vila Real". Sacristia rebocada e pintada de branco, com pavimento de tijoleira e tecto de madeira.

É imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público.


Cronologia:

- Séc. XVIII - edificação da capela pelo Conde Manuel Joaquim Alves Machado, natural de Cabriz e que angariou grande fortuna no Brasil;

- 1758, 12 Março - referida nas Memórias Paroquiais pelo pároco Domingos Alves Pinto como tendo festa apenas no dia do seu orago;

- Séc. XIX - modificação da fachada principal;

- Década de 1970 - beneficiação interior, com execução de pinturas na nave e capela-mor pela Casa Maranus, de Vila Real; colocação de silhar de azulejos.
 
 
 
 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Escola Primária de Asnela!


Planta rectangular de corpo único, com massa simples e cobertura homogénea em telhado de quatro águas. O portal, sobreelevado, tem acesso por escada com dois degraus, com guarda plena em cantaria, de arranque e guarda-mão com decoração volutada; é ladeado por seis janelas de peitoril, em arco de volta perfeita, molduradas e com bandeira. Fachadas laterais, tendo apenas parcialmente visível o primeiro piso.

É um imóvel ou conjunto de acompanhamento que, sem possuir características individuais a assinalar, colabora na qualidade do espaço urbano ou na ligação do tempo com o lugar, devendo ser preservado em tal medida. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Valor Concelhio / Imóvel de Interesse Municipal e outras classificações locais.

Situa-se em local rural, numa encosta sobre o rio Louredo, isolado, adaptado ao declive do terreno, bastante acentuado na fachada posterior, numa plataforma à margem da Estrada Nacional para Cerva, junto à Capela de Nossa Senhora da Ajuda rodeada de casas e campos de cultivo. A fachada lateral esquerda encontra-se parcialmente coberta por hera.

 

Cronologia:

- Década de 1850 - José Manuel Nogueira Machado, de Asnela, mandou construir o edifício, doando-o ao Estado com diversas cláusulas, para aí ser ministrado o ensino primário;

- 1853, 31 Dezembro - extinção do concelho de Cerva, passando a freguesia a integrar o concelho de Ribeira de Pena;

- 2001 - desactivação da escola.
 
 
 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Capela de Rio Mau!


Planta longitudinal de corpo único, rectangular. Massa simples com cobertura em telhado de duas águas. Fachadas em cantaria de granito, de aparelho em fiadas irregulares, com as juntas tomadas e pintadas de branco, gravadas com cruzes de Via sacra relevadas e numeradas.

Interior de espaço único, rebocado e pintado de branco com lambril de madeira, envernizada, iluminado na zona do altar-mor pelas frestas confrontantes, com pias de água benta, gomadas, a ladear as portas. Na parede testeira rasga-se nicho, de arco de volta perfeita, moldurado, sobre pilastras toscanas, também molduradas, e com fecho saliente em voluta, enquadrado por moldura de pedra, acompanhando o perfil do arco, entre duas mísulas sustentando imaginária. Pavimento lajeado e tecto em masseira, de madeira envernizada.

É um imóvel ou conjunto de acompanhamento que, sem possuir características individuais a assinalar, colabora na qualidade do espaço urbano ou na ligação do tempo com o lugar, devendo ser preservado em tal medida. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Valor Concelhio / Imóvel de Interesse Municipal e outras classificações locais

Situado em local rural, numa encosta sobranceira ao ribeiro Mosqueiro, afluente do rio Poio, isolada, em posição sobrelevada, no centro da povoação, rodeada de casas e quintais. Possui pequeno adro cimentado, parcialmente gradeado, com escada de acesso.


Cronologia:

Séc. XVII / XVIII - edificação da capela;
1758, 12 Março - referida nas Memórias Paroquiais pelo pároco Domingos Alves Pinto como tendo festa apenas no dia do seu orago

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Capela de Formoselos!


Esta Capela de planta longitudinal rectangular, simples, com sacristia, também rectangular.

Interior rebocado e pintado de branco, com silhar de azulejos de estampilha de cor azul, amarela e branca. Coro-alto de madeira envernizada sobre quatro mísulas de pedra, com balaústres de madeira.

Lateralmente, no lado do Evangelho, dispõe-se a base do antigo púlpito, quadrangular sobre mísula de pedra com volutas e porta ladeada por pia de água benta, gomada, e, no oposto, duas portas para as sacristias. Supedâneo de granito com dois degraus.

 

É um imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público.

Situada em local rural, numa encosta sobre o rio Tâmega, isolada, num largo sobranceiro à estrada para Cerva, rodeada de casas, quintais e campos de cultivo. Possui adro empedrado a cubo granítico, na parte frontal com pedras de calcário e basalto desenhando uma cruz, cerrado por muro de pedra e grades de ferro, com acesso lateral e frontal.

 

Cronologia:

Séc. XVIII, final - provável edificação da capela;

1758, 12 Março - segundo o pároco Domingos Alves Pinto nas Memórias Paroquiais existia uma capela em Formoselos, mas dedicada a Bom Jesus dos Perdões;

1826 - Construção da sineira;

Séc. XIX / XX - provável rasgamento dos óculos da fachada principal e feitura do nicho sobre o portal;

Década de 60 - acrescento da sacristia, colocação do silhar de azulejos e substituição dos pavimentos; provável abertura do vão em cruz na fachada posterior.
 
 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Lugar de Limões!

A freguesia de Limões fazia parte do antigo município de Cerva até que, em 31 de Dezembro de 1853, ao ser extinto aquele concelho e julgado, passou a fazer parte integrante do concelho de Ribeira de Pena. Esta freguesia, agora unida à freguesia de Cerva, formando a Freguesia de Cerva e Limões, apresenta uma área de 1762 ha.

Em Agosto, mês de todos os encontros e em que os filhos pródigos regressam à terra, a serra veste-se de verde-roxo, saia curta que lhe é dada pela vegetação rasteira em que a urze sobressai. Os muros de pedra a enquadrar os parcos prados parecem bordados a ponto pé-de-flor quando vistos dos pontos mais altos, as casas antigas e as novas, estas muitas vezes erguidas um pouco afastadas para não estragar o conjunto, abrem-se ao sol que vivifica e ilumina tudo de uma luz muito clara, como que a dizer-nos que a armazenemos nos olhos para a usar no Inverno, rigoroso, frio. Sim, porque no Inverno é tempo de lar, de hibernar, de preparar o corpo e o solo magro, pelo descanso, para mais um ano de trabalho.

Os visitantes que não estejam prevenidos para o facto de o Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico já ter classificado o seu núcleo como "Conjunto arquitectónico de interesse público" pensarão que é uma pena que não se tomem medidas para o conservar tal como se encontra e reconstituir, mais do que reconstruir, o que não conseguiu resistir ao tempo e à usança dos homens.

Lá do alto, domina a igreja de S. João, que guarda e é guardada pelo Cruzeiro do Centenário da Independência, um dos exemplares do concelho, um daqueles marcos que se encontram pelo país a lembrar que Portugal é nação independente e muito lutou para isso desde que o germe da autonomia começou a fermentar com o Conde D. Henrique, levedou com o nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques, e tornou a ganhar forças em 1640, quando os insubmissos procuraram a chefia de D. João, o 4º de seu nome, para o colocar no trono português. Ainda mais acima, está o cemitério murado e bem cuidado.
 
Adaptado de: Projecto de Investigação. Estudos de Produção Literária Transmontano-Duriense. (Número do Projecto: POCI/V.5/A049/2005 (Medida V.5 - Acção V.5.1))
 
 
 

Capela de Quintela!


Planta longitudinal de corpo único, retangular. Massa simples com cobertura em telhado de duas águas. Fachadas em cantaria de granito, de aparelho em fiadas irregulares, com as juntas tomadas e pintadas de branco, terminadas em cornija saliente.

Interior rebocado e pintado de branco, com embasamento de granito, tendo no lado do Evangelho pia de água benta semicircular com decoração relevada e encimada por nicho a ladear a porta travessa. Remate em entablamento com friso ornado de elementos fitomórficos e querubim central, sobre o qual assenta tabela retangular horizontal, com representação do Deus Pai, ladeado de aletas. No banco, painel com pinturas já indecifráveis.

É considerado um imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitetónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com exceções, os objetos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público.


Possui um enquadramento rural, numa encosta voltada ao rio Poio, isolada, em plataforma aplanada à entrada da aldeia, rodeada de montes e campos de cultivo. Apresenta, frontalmente, os vestígios de um alpendre, materializados num pilar, ainda em pé, e em pedras espalhadas pelo chão de um segundo pilar


Cronologia:

Séc. XVII - edificação de uma capela em honra de Nossa Senhora da Piedade;
Séc. XVIII - reforma do templo;
1758, 12 Março - referida nas Memórias Paroquiais pelo pároco Domingos Alves Pinto como tendo festa apenas no dia do seu orago;
Séc. XIX - provável remodelação do vão do portal axial e execução da mesa de altar; Séc. XX - remoção do alpendre;
Década de 60 - destacamento da mesa de altar.


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Capela de Alvite!


Planta longitudinal rectangular, simples, com sacristia. Fachadas em cantaria de granito, de aparelho em fiadas regulares, com as juntas tomadas e pintadas de branco, gravadas com cruzes de via-sacra, duas estações na fachada NO., quatro na fachada SE., sendo uma o calvário, duas na posterior e duas na principal

Portal em arco de volta perfeita, ladeado por óculos circulares geminados, moldurados, e encimado por óculo, octogonal, também moldurado. Interior  rebocado e pintado de branco, com lambril de madeira envernizada sobre rodapé de granito. Coro-alto de madeira sobre quatro mísulas de pedra, com balaustrada também de madeira.

 Na parede testeira, de cantaria aparente, abre-se arco de volta perfeita sobre pilastras toscanas, albergando retábulo de talha policroma, a azul, branco e dourado, de planta recta e um eixo definido por duas colunas de fuste pintado a marmoreados fingidos, com o terço inferior marcado por cartela recortada, e de capitéis coríntios, que se prolongam na zona do ático numa arquivolta de fecho saliente volutado, sobreposto por pequeno baldaquino rectangular, e friso com enrolamentos. Pavimento de tijoleira cerâmica e tecto, em masseira, de madeira envernizada. Sacristia rebocada e pintada de branco, com pavimento em tijoleira cerâmica e tecto de madeira pintada de branco, com janelo e porta para o exterior.

 

É um imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público.

É um imóvel rural, numa encosta sobre o rio Poio, isolada, num largo à face da estrada da povoação, frontalmente com adro, rodeado de casas e campos de cultivo.

 

Cronologia.

Séc. XVII/XVIII - provável construção da capela;

Séc. XVIII - feitura da pia de água benta com nicho concheado;

1758, 12 Março - referida nas Memórias Paroquiais pelo pároco Domingos Alves Pinto;

Séc. XX - execução do retábulo-mor; colocação do silhar de madeira nas paredes
 
 

 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Chafariz do Ribeiro do Casal!


Soco constituído por um degrau sub-circular com guias de pedra e enchimento a cubo granítico, com tanque de perfil recortado.

 Ao centro, sobre base em tronco de pirâmide com arestas de topo avivadas, eleva-se coluna prismática, de secção quadrangular, com almofadas rectangulares horizontais sobrepostos por um friso vertical central, tendo no remate de cada face cartela em forma de escudo, com inscrição:

- Na face principal CPC,

- Na esquerda OP,

- Na direita DSU,

- Na posterior CPC.

 

Mais ou menos a meio do friso, possui bica, com torneira, marcada por motivo relevado em V. Entre a base e as bordas do tanque, surgem afixadas duas réguas metálicas em cada face, para suporte de vasilhame.

É um imóvel ou conjunto de acompanhamento que, sem possuir características individuais a assinalar, colabora na qualidade do espaço urbano ou na ligação do tempo com o lugar, devendo ser preservado em tal medida. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Valor Concelhio / Imóvel de Interesse Municipal e outras classificações locais.

É um monumento urbano, isolado, no centro de um largo empedrado a cubo granítico, confluência de três caminhos da povoação, rodeada de casas e quintais.

Foi edificado na década de 40, e é um interessante chafariz do Estado Novo conjugando as linhas sóbrias do pilar, mas ritmado pela marcação das almofadas horizontais e friso vertical, com o dinamismo do tanque, lembrando os exemplares barrocos.