Planta longitudinal composta por nave única e
capela-mor, mais baixa e estreita, ambas rectangulares, com sacristia, também
rectangular. Interior rebocado e pintado de branco, com silhar de azulejos
industriais, de estampilha azul, amarela e branca, sobre soco de pedra e
encimado por roda-mão de madeira.
Arco triunfal de volta perfeita, sobre pilastras
toscanas encimado por pintura mural com representação do firmamento sobreposta
por adoração da Custódia. Pavimento em tijoleira cerâmica e tecto em falsa
abóbada de berço, de contraplacado, pintado com várias molduras e ampla cartela
ao centro com imagem do padroeiro, Santo António, segurando um menino sobre
livro.
Sobre friso e cornija pintada a marmoreados
fingidos, assenta a cobertura em falsa abóbada de berço, de contraplacado,
pintada com molduras integrando nos ângulos cartelas circulares com os quatro
Evangelistas: São Lucas e São João, do lado do Evangelho, e São Mateus e São
Marcos, no oposto, intercalados por duas, de moldura recortada, com anjos
segurando atributos do martírio, e, ao centro, cartela figurando o Sagrado
Coração de Jesus; no lado da Epístola possui a inscrição: "Casa Maranus,
Vila Real". Sacristia rebocada e pintada de branco, com pavimento de
tijoleira e tecto de madeira.
É imóvel ou conjunto com valor tipológico,
estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos
elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou
significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com
excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse
Público.
Cronologia:
- Séc. XVIII - edificação da capela pelo Conde
Manuel Joaquim Alves Machado, natural de Cabriz e que angariou grande fortuna
no Brasil;
- 1758, 12 Março - referida nas Memórias
Paroquiais pelo pároco Domingos Alves Pinto como tendo festa apenas no dia do
seu orago;
- Séc. XIX - modificação da fachada principal;
- Década de 1970 - beneficiação interior, com
execução de pinturas na nave e capela-mor pela Casa Maranus, de Vila Real;
colocação de silhar de azulejos.
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