O tecido de puro linho
surge de ciclo trabalhoso, a que ainda é possível assistir em alguns pontos do
distrito de Vila Real.
Entre Abril e maio, a
semente (a linhaça), é lançada á terra a qual exige inúmeros cuidados.
São necessárias regas
certas e muito saber. A escolha do dia do arranque, entre Julho e agosto é
ditada pelo amadurecimento da capsula. Apesar do esforço que este processo
exige, outrora este trabalho era realizado com forte espirito comunitário,
alegre e colorido, constituindo assim uma espécie de tarefa-festa.
Apesar de todo este
longo processo é no tear que surgem os belíssimos trabalhos. Trás-os-Montes tem
fiel representação desta arte em Montalegre, Boticas, Cerva, Limões, Agarez e
Ermelo. De forma homogénea todos os trabalhos refletem um preciosismo inigualável,
diferindo apenas num pormenor ou outro do desenho ou forma. Faz-se destaque às
famosas mantas de linho (manteses) de Limões e Cerva, que são minuciosos
bordados em relevo, realizadas com a ajuda de uma agulha, tipo renda no próprio
tear.
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