Cerva, linda Princesa do Poio, com uma população de cerca de 2700
habitantes e uma área de 4605 hectares, fica situada em Trás-os-Montes
confinante com o Minho.
Julga-se que Cerva foi uma Vila luso-romana
oriunda de um dos seus castros possivelmente localizada no sítio onde ainda
hoje é o centro da Vila, existe a matriz de 1673, Pelourinho, antiga Câmara,
Cadeia e o Solar de Paço Vedro.
No séc. II a.C. esteve acampado o exercito romano
de Décimo Júnio Bruto, famoso destruidor da cidade lusitana Talabriga .
Referem-se-lhe documentos de 1208 «Bula Sua Novis,
de Inocêncio III» e de 1220 «Inquirições», neste ano tinha sessenta casais
e meio, já era freguesia de S. Pedro de Cerva, estando-lhe anexado Atei,
hoje freguesia de Mondim de Basto.
Terra ilustre foi «honra» em 1313 de D.
Afonso Sanches, filho de D. Diniz; em 1406 por Vasco Martins de Sousa e já no
Séc. XVII como senhor D. António Luiz de Menezes, nomeado primeiro Marquês de
Marialva por D. Afonso VI.
Recebeu foral de D. Manuel I a 3 de Junho de 1514
e depois foi Vila sede de concelho até 31 de Dezembro de 1853. Chegou a ser
embora por pouco tempo a sede de concelho de Ribeira de Pena.
O seu Pelourinho devidamente restaurado data de
1617, está classificado como Imóvel de Interesse Público, é constituído
por uma pequena base quadrangular, um fuste prismático com secção octogonal e
um capitel piramidal.
Três belíssimas joias arquitetónicas
desapareceram ao longo dos tempos:
A Torre Medieval, cuja pedra siglada ainda se
encontra nas fachadas da casa com o mesmo nome.
A Ponte Romana de três arcos, que existiu junto à
atual ponte da N 312 sobre o rio Poio, ruiu com uma cheia em
1936. Mais tarde, a sua pedra foi retirada do local e aplicada
na construção do edifício da Casa do Povo.
A ponte de Cabriz, onde ainda se pode ver alguns
vestígios da sua existência no meio do rio. Provavelmente algumas das suas
pedras foram utilizadas para muros de vedações de terrenos.
Hoje ainda podemos contemplar duas belas pontes
medievais, a sobre o rio Poio com dois arcos, classificada como Monumento
Nacional e a ponte medieval sobre o rio Louredo de um arco.
Todas estas pontes provavelmente faziam parte de
uma rede de calçadas Romano-Medievais de ligação entre Fafe, Vila
Real, Vila Pouca de Aguiar.
Das suas minas foi extraído o volfrâmio
desde 1906 até 1972, por empresas internacionais e mais tarde nacionais. O
seu apogeu situou-se no período da segunda guerra mundial, devido ao seu
interesse comercial. Foi considerado o Ouro Negro Português, por ser a maior
fonte de rendimento e de emprego.
Sem comentários:
Enviar um comentário